É por definição inconstante e não existe quando o projétil fica retido dentro do corpo. A sua forma e dimensões variam muito.
Depende primeiramente dos planos que o projétil atravessou; se passou unicamente por tecidos moles (sem pegar em osso, por exemplo) o orifício de saída pode ser circular ou oval, de diâmetro idêntico ou pouco maior que o orifício de entrada.
Para alguns autores é mesmo considerado um equívoco comum dizer que o orifício de saída SEMPRE deverá ser maior que o orifício de entrada, pois não deverá ser a dimensão do orifício mas sim a ausência da margem de abrasão (orla e zonas) que distingue um do outro.
Os seus bordos costumam estar evertidos (para fora) e por vezes apresenta gordura do tecido subcutâneo (abaixo da pele), arrastado pelo projétil.
Se o projétil tiver sido deformado (quando se choca com um osso, por exemplo), então o orifício de saída será maior e mais irregular. Quando o projétil atravessa o tecido ósseo, os fragmentos desprendidos e arrastados saem pelo orifício.
O orifício de saída, ao contrário do orifício de entrada, não possui orla de contusão, nem as zonas de tatuagem, esfumaçamento ou queimadura, sendo a ausência desses elementos muito importante para definir se o orifício foi de entrada ou saída, e por conseguinte, de onde veio o disparo.
O local dessa lesão foi no hemitórax esquerdo (é o mesmo corpo da foto da lesão de entrada).
OBS.: Esta lesão veio suturada (com pontos) do hospital onde veio a falecer o individuo necropsiado. E isso esta ERRADO. Não se deve suturar as lesões, pois estas devem permanecer intactas para que não ocorra equívocos na perícia.
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