quarta-feira, 11 de junho de 2014

Tempo da morte



É possível determinar a hora em que alguém morreu, analisando o corpo horas depois? A resposta é: sim. E existe um ramo da medicina legal que estuda exatamente isso: é a cronotanatognose.

A cronotanatognose é uma palavra pra lá de esquisita derivada do grego que significa estudo do tempo da morte. Ela é responsável pelo estudo de formas de determinação da morte e o tempo decorrido entre seu acontecimento e a realização do exame necroscópico, fazendo, por exemplo, a determinada estimativa do tempo transcorrido.

Existem sinais e fases que o cadáver vai passando ao longo do tempo até que ele se decomponha por completo. E cada um destes sinais e fases ocorre num intervalo de tempo mais ou menos padrão, o que permite supor a hora em que ocorreu a morte.

Estes sinais podem ser:

1 - Fenômenos imediatos, que são aqueles que insinuam a morte, cuja cessação da atividade cerebral é marco do diagnóstico da morte, podendo ser: 
- Perda da consciência;
- Perda da sensibilidade;
- Perda da mobilidade e tono muscular 
- Cessação da respiração;
- Cessação da circulação;
- Cessação da atividade cerebral.

2 - Fenômenos consecutivos, que iniciam imediatamente no momento da morte, que retratam a realidade da morte:
- Algor mortis (resfriamento do corpo)
- Livor mortes (manchas arroxeadas nas partes mais próxima do solo no cadáver)
- Rigor mortis (rigidez do corpo)

3 - Fenômenos transformativos, ou seja, o processo de transformação do cadáver, podendo se dar de forma destrutiva ou conservadora. É nessa fase que se encontram os cadáveres em estágios de decomposição.

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