O processo de examinar um cadáver para descobrir a causa mortis é tema de muitos programas e filmes de TV, como CSI ou Dexter. Sempre que a morte for violenta ou de causa suspeita será realizada uma necropsia, que consiste em um exame externo e interno minucioso do cadáver.
E como é feita uma necropsia?
Na sala de necropsia, o exame começa com a análise externa do corpo. Médico e auxiliar procuram furos de bala, lesões e até sinais que identificam o morto, como uma tatuagem ou uma cicatriz. Todos os detalhes são anotados e farão parte de um documento emitido pelo DML*.
O próximo passo é o exame interno, pela abertura das cavidades do cadáver (cabeça, tórax e abdome) e pelo exame minucioso de suas vísceras. Com um rasgo que vai do pescoço ao púbis, o legista tem acesso à caixa torácica e ao abdome.
Os órgãos agredidos que podem ajudar na descoberta da causa da morte são retirados e examinados – como um coração esfaqueado ou o estômago, no caso de envenenamento. É feita tanto uma análise geral quanto microscópica (nesse caso, o material é enviado à Porto Alegre, para o Departamento de Perícias Laboratoriais).
Depois dos órgãos do tórax, o médico corta o couro cabeludo de uma orelha a outra para remover o cérebro. A tampa do crânio é retirada com uma serra elétrica.
Ao final da análise, os órgãos são reinseridos e o corpo é fechado. O legista usa uma costura contínua, que tem um ponto inicial e segue do começo ao fim dos cortes. Cabelos e roupas escondem as suturas durante o enterro.
Ao fim do exame, o DML emite uma Declaração de Óbito, com a identificação e o motivo da morte. Com esse documento, a família consegue retirar a Certidão de Óbito em um cartório.
DML ou IML?
Aqui no Rio Grande do Sul, o termo correto é DML (Departamento Médico Legal) que é um departamento do IGP - Instituto Geral de Perícias, que é subordinado à Secretaria de Segurança Pública. Além do DML, o IGP também possui o Departamento de Criminalística, o Departamento de Identificação e o Departamento de Perícias Laboratoriais.
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